Já tive fodido em momentos de argumentos quentes. Perdido, no meio de parentes, com receio de pentes. Aflito, no meio de paredes, incidentes indecentes que não nomeio tornaram feio o paleio que sentes. Não dou com a língua nos dentes mas, se abrir a caixa, mesmo que eu não diga, sentes, só de ouvir a faixa, que houve alturas em que isto andou duro e eu era inseguro. Então não é só no futuro que eu não sei como aja. "Mas Filipe! O Filipe é tão bonito! Tirou tantos vintes! Acho que nunca tive um aluno assim na Univ! É um miúdo pensativo, com um grande futuro à frente! Há-de ter um livro! É tão maturo e diferente! É participativo e convive com os colegas. É expressivo. Cumpre as regras. Nunca tira negas. Não peca em nenhum aspeto, nem mesmo ao de leve! É tão esperto e correcto. Vê-se na forma como escreve!" E de que é que isso me serve se, o que eu levo desta vida não são prémios, nem conquistas, não são vénias, nem é guita..? Ser um génio sem saída não proporciona felicidade. E embora não ambicione ser necessitado, necessito que alguém me explique qual é o sentido disto, para ver se me sinto fixe. Esquecer o quanto isto é triste. Porque é que eu existo se nem sequer me perguntaram se queria ter nascido numa terra onde otários param?! "Mas baby, tu estás crazy! Tu tens tantos amigos..! E todos eles curtem de fazer planos contigo. Tens os teus manos antigos, que te admiram e respeitam. A família que te estima e os beijinhos que te dei! Então não desanimes. Mantém-te firme, por mim! Just let it be! Sê assim: Mais tranquilo, mais chill. Não vaciles! Eu sei que tens amigos que ainda aí estão. Segue só o trilho, e vais ver que assim te aceitam!" Então e quando se aproveitam e deitam para o lume a confiança..? É aí que um gajo assume que há mudança. Qual a herança que eu suporto e passarei, se já nem esperança eu transporto, só me importo em passar bem?! Ser um crânio ou ser underground? Diz-me tu! Se só vai restar o primeiro no segundo no fim disto tudo, não me assiste ser um triste, sem saber qual o motivo pelo qual eu ando nisto, que é estar vivo. Pois tudo aquilo que tive foi como aquilo que tenho: Um mar onde eu derivo, e não deriva com o empenho. E eu não quero estar no rebanho, dread, eu quero estar no sbem com quem sou. Se aceito que não tenho como fazê-lo, já dei em louco. Mas, pelo passeio, vou mantendo as impressões. Mesmo, no fundo, sabendo que só me prendo a estas questões. Elas ficam cá guardadas, mas divulgo-as com a caneta. Trancadas, vou buscá-las ao fundo da 2ª Gaveta.

Estou sem sono, no trono onde alinho tropas. Cada dica, um soldadinho para o teu ninho de cobras. Estou sozinho, num caminho onde não me incomodas. Se vens com estrilho, parto um beat - dou-te vinte sovas. E vou assim seguindo, sossegado, tipo cotas. Tu vais assim seguindo o legado de dick suckers. Vê se sais de fininho, agachado e de cócoras, boy. Volta para o teu cantinho - não estás neste círculo, topas? Tens interesse em ser metido e queres interacção comigo..? És só mais um resíduo que reside onde eu resido. Queres muito ser ouvido. Mas, mostrar acção? Duvido. E ainda ficas ofendido quando admito que não te sinto?! Tarinho, não preciso de mais um Espalha-Brasas a querer o que eu concretizo. Estás a ver se me agarras, mas não vais deitar as garras a estas barras. És um cravas. Não te mancas. Só te enquandras noutro piso. À espera de um deslize, para teres mérito ou teres louros. Fazes o que for preciso por assédio sem ter esforço. Queres assédio, mas ser fat não vais ser, sejas quem fores. Não sou médico, mas receito-te um bom creme para essas dores de cotovelo. Vejo atores - não quero sê-lo. Vou manter o meu respect sempre impec, como os selos que eu anexo a cada track. Estou no Texas - faço REC a conversas de mind check. Não me peças mais respect se tropeças no mic, fag. Não passas de um Espalha-Brasas, uma farsa, a querer carcaças mortas, porque para ti, ser clássico e ter classe é foda. Faltam-te bases, tu és básico e fazem-se cópias da tua classe com mais facilidade do que eu faço dobras. Tu não imaginas as horas na mina a compor obras primas com rimas que tu invejas, mas jamais terás. Vens com armadilhas e pó, mas vacilas, que as bocas que me atiras para cima não alvejam o que este gajo traz. Então traz mais gás, que eu cá estou cá com uma vontade de fazer estragos, que até faço inveja ao ISIS, ya. Não dá, rapaz. Não estás capaz de igualar esta qualidade - faço esta merda tão easy, pá. Só te aproveitas mas, de ti, o que se aproveita é zero. Fica com a fama, que eu já vi que o teu proveito é zero. Não te endireitas. Só vens com frases feitas, não por ti, mas pelos poucos MC's que tu respeitas, man. Então faz-te à estrada, pela calada, se não queres colisões pesadas com este brotha que só dá cartas, sem ter farda CTT. Trato de ser quem vê mais longe. Vivo o hoje até ter boys a admirar-me, como eu admiro os patrões do rap. Tu pões um cap e pensas que isso é more than enough..? Depois não queres, mas és rotten, em vez de rough. Aborta-te e vem de novo, que a porta mantem-se closed para a tua laia. Tu andas a espalhar brasas? Brotha, eu ando a espalhar fire.

Não sou quente. Sou gente, da gente que não sente nada, para sempre, brotha. Na mente, datas que marcam etapas, nem sempre vagas, mas sempre largas, batendo mapas, sempre com gente que não aprende nada, mas nada de nada. Mas cala-te, brotha, só falas de cor. Eu tenho a fala pesada com bacoradas, se for preciso incutir juízo a quem me pise e não me please. Profetizo um pouco disto, não só a quem valorizo, mas a todos. E qual será o custo disso..? Mesmo sem ter curso nisto, estou a dar um curso disto a "doutores". E até chegar ao cume disto, hei-de calar muito triste. Sem me ralar muito, limpo amadores. Mas vim por causa diferente, e o Chapa mantém o perfil, mesmo com a cara de frente. Mas vim por causa diferente, e o Chapa mantém o perfil, mesmo com a cara de frente. Eu sou frio. Sou como um arrepio na espinha. Se estou vazio, então como, enquanto avio uma linha que me enche. Preencho o ego por dentro, a ver se cresce o intelecto e fecho tracks com o tempo. Gero rap para o crente, mas giro o rap, prudente. Só dou no REC se observo que tenho um verso potente. Então faço listas. Se lhe interessar, assista. É rara a vista que me avista com ar de artista, ou feito snob. Não sei se azar existe, mas abro a vista. Para quem vem falar que a escrita é fake job: O hip-hop narra vidas. Karma aplica-se a quem o vem estragar com guita, a ver se sobe. E eu vim por causa diferente. No mapa de ontem, sempre chill, com a mesma cara de sempre. E eu vim por causa diferente. No mapa de ontem, sempre chill, com a mesma cara de sempre.

Eu ponho dicas nas folhas, para poder expô-las todas. Tu queres despiques e beefs, eu quero que TuTaFodas. Estou bem e brinco com o beat - rapper com groove próprio. Convém ouvires, mas isto é para consumo próprio. Lá vem colóquio: como é óbvio sou quem ora, e o boy decora assim que escreve, para ver REC's sem demora. Firme, breve. Confirmo, dread: anseio para ver o que se aproxima. Por agora, sou quem, quando pode, rima. Na mó de cima, o clima dita o tema. No fim, sai masterpiece. Concretizo ganda cena. E se tu não achas isso, caga nisso, sem problema. Tu estás a lançar shits que, ouvi-las, nem vale a pena. Dizes ter qualidade, mas estás cru, g. Não estás a cuspir metade do que eu cuspo, b. Queres fazer rap mas, de facto, ainda és sushi. Eu uso o rap como um fato, 'cause it suits me. It suits me well, nada mal. Estou a surgir na Premier League. Contenta-te com a Carabao, mano. Meta-te a pau, son. Ou põe-te a milhas. Não lidas com estas batidas. Só disparas é bisnagas. Depois, ainda te armas em mauzão..! Daqui, só levas desprezo, só levas negas. Não despertas interesse. Tinhas de nascer vinte vezes. O rap suits me, e eu vou adquirindo peso. Estás indefeso. Um para um, não simulo e cais. O teu verso é nulo, tal como um menos um, twice. 2x(1-1) No verso, bulo. Ficas fulo porque vês que vais estar a fazer rezas, sem nunca ver quedas deste gajo. Tu? É só tretas, b. Só vi mania. Eu? É só letras, tipo Di Maria: não trago poucas. E parto compassos/beats. Ofereces-me um par de bocas..? Queres despiques e beefs..? Eu quero que TuTaFodas.

Cachapa: Cada rima, sai com mestria e mistério da mente fria de um génio, não da vazia de um espécime que não aprecia critérios, só passa o dia na net, e então é péssimo e tratas as rimas como beas no metro. Faço pelas minhas, como quem cria uma filha ou um neto: Com um certo aspecto, para que sejam como quero. Como um gajo prefere. Estou no retiro de quem refere tudo aquilo em que pensa quando quer, junta skill e, se eu disser que não vejo idêntico, não estou a ser excêntrico. Estou só a ser fair e sincero, boy. Não é só lero. É real talk, de quem tenta ser real, só que não é skill que faz o top - podes ter 1000, ou ter 0. Aliás, ser real fode-te. Se optares por um deal, podes estar mais perto de views, que já se viu que é o new "Propz!". Pindéricos estão histéricos. Deviam aprender. Instead, estão com fé atrás de crédito, e isso impede-os de serem fats. É mesmo a sério: Em cada rima, eu trago skill. É mesmo a sério, tal como o Simon no vinil. É mesmo a sério. Ayo, we always keep it real. É mesmo a sério. É mesmo a sério. Krazydread: Em cada rima, observo os vossos mil bytes. Nos comentários do Youtube são todos tights. Os meus, pedem mais danos colaterais. Nesta bola de neve o Krazy ganha, quem mais? Roll the dice e encara como um pirete. A minha escrita é uma chapada na cara para muita gente. Despediram-se da mensagem, ficou à margem, são putos. Para fazer o que os outros fazem, prefiro nem ver os frutos. Têm sido vários os filmes e vários os books que eu assisto no Sistema, o novo palácio dos Dukes. São os truques, as dificuldades, a terra que eu carrego, que acredita em mim e nas minhas capacidades que me levaram ao Brasil. O mundo está a mudar. É o samplar do vinil, com um bom scratch a acompanhar. E se tu não tens essa noção, não te integras no meu meio. E cada rima é Missão A Cumprir, sem receio. Mais um beat que eu papei, mais uma história te contei. Os sócios falam do Sauce e nêm sabem o que contém. É o amor pela cultura, sou filho de uma das vertentes e em cada rima mostro quem sou, com unhas e dentes.

Eu sou um Microphone Master - quem no microphone presta. Tu és um microphone tester, que bate no mic e fode a testa. Depois, no microphone, baicas. Se rimas, acabo com a festa. Pois, no microphone, maias. Bato byters like a sesta: no chill, sem sequer veres muito esforço. Se o rap reflete altura, só consegues ver-me o pescoço. És midget. Então pigas-te, não finjas que és bom. As rimas que te impingem não atingem o meu som. I got'a lotta flows. Checka-me a matar um monte de rappers que, na verdade, é um monte de merdas a querer vingar onde pecam. Tens de ganhar noção que erras quando queres atenção de maggots. Tens o microphone a léguas..? É que, no microphone, berras. E o skill? Ficou em casa? Ou está no bolso..? Estás jogar aos tazos. Eu estou-me a jogar para os sons com bisga, e a dica é vir vincar que é dom. Bati-te, mas anima-te, que tens vista para o show. Se o Chapa fighta, bronco, levas com mil chapadas de réguas que nem sequer são marcas de guerra, porque lá quem dá também leva. Por cá, quem dá não dá tréguas. Tu estás em vibe, ou estás faggot..? Pico açém até ficares sem tripas. Nem pias, nem negas quem está baril. B, eu estou fat e estou disposto a vir com aquilo que se pede, tipo café depois de almoço. Tu és tília. Não primas pela rima e pelo flow. Sem feeling, patinas/vacilas. You blow! Se a carga acaba..? What?! Never, que este dread está noutro level. Vês-me fat e dope, desde que era um mero garoto de Évora. E sigo atrás do sonho de rapper. Dás para trás e só detestas este microphone master que no microphone presta..? For real?! Boy, tu estás parvo, ou estás no gozo? Estás a disparar dardos. Eu vim para disparar combos de rimas para cima de batidas que te dão tombos. E - ainda que não admitas - boy, fixas-me o nome.

Estilo de vida sedentário: Só me mexo para o necessário, porque eu sou filho de um bancário. Porque eu sou filho de um bancário. Não mexo a palha, sou canalha, e a preguiça é o meu dom. Bitches não falham. O ass é Blaya - habituado ao que é bom. Só avacalho! Traz mortalhas, que o pai paga o chamôn. Sozinho em casa - o cota baza - festa de arrasa com as hoes. Ganda show! Let it go! Já que a casa tem piscina, estou na pool. Traz a hoe, que a gente trata da menina. Caipirinhas/Pina Colada. Já se adivinha que, à pala de eu ser mimado, eu quero pitá-las na cozinha. Ganda tala - um boy já fala 7 línguas! Se alguma vez me viste a ser humilde, estava a fazer 7 figas. Outro dia de trabalho. Mais um mês sem numerário, porque o meu filho é um otário. Porque o meu filho é um otário. Chego a casa - já cansado - e assim que saio do meu bote, vejo uma gaja toda assada a querer que eu vá malhar shots. Entro na sala, é só garrafas. O que é que se passa no spot?! Sofá com lama - ganda drama - cheira a liamba que não se pode! Tive a sorte de ter um puto que não entende o que é a vida sem suporte. Não quer estudos, só catembas e saídas. E a guita? Ganho-a e, num ápice, já foi com os porcos, que o otário do gaiato gasta tudo em ganza e copos! Sem hipótese - vais para a rua, que eu estou farto. Queres guita? Faz a tua, que o teu pai bancário não vai mais bancar-te.

Só escreves o necessário para agradar aos manos, mas só dizendo à frente "otário" é que antes podes dizer que és "grande" sem seres mentiroso. E até seres idoso vais ser sempre um sissy. Eu vou ser quem partiu sons, orgulhoso, sempre busy. Não vim para sacar piropos. Fuck o topo, que eu só estou numa de mandar socos: Topa o Chapa taekwondo! Brotha, o Chapa está com flow. Tu? A escorregar na pista. Nao é por fazeres sons que vais ser considerado artista. Desiste. A tua conquista mais conseguida foi gastar guito num kit. Como se isso fosse vida..! Eu tou Fat&Fit: Vim com tricks tão fodidos, que até quem me faz olhinhos fica com a vista fodida. Dicas Sem Limite é o que aplico quando pico a minha addiction e apareci no biz com permission concedida. E agora que eu posso vir a ser quem vira a mesa, pirem-se, antes que virem presas sem defesas e com feridas. Um artista faz rap puro para os que curtam. Tu és só mais um turista burro nesta excursão. Tens futuro?Não! Longo prazo, para ti, não existe. Queres ter espaço neste espaço, sem saber no que ele consiste. E isto não é ironia, nem mania, nem desprezo. É a grafia de quem acredita, confia e não tem preço. Não varia, mesmo que digam que devia. Posso até estar teso ou preso, desde que em rimas obeso. Só fazes figuras tristes, rapaz. Eu estou na peace - na paz - a ver o lixo que tu emites enquanto sigo fantástico e clássico, capaz de matar cinco rappers só com merdas que eu facilmente saco da mente para o mic. Sempre presente, tipo christ, trouxe o show-flow, bro, porque eu só me apresento tight. E eu sou heavyweight, então não represento light. Mesmo assim encadeei-te. Mandei-te ao tapete - bye.

21h30 - liga o Johny Jay: "B, hoje há saída?" "Sim. I'm on my way. Vou já sair, que aqui na prisa não se passa nentes. Tenho que ir sentir a brisa - aqui está casa quente. Vais à frente no meu Audi, ter com o pessoal." DJ Sims liga a dizer que precisa de algo diferente para o EP: "Um som de storytellin', irmão" Disse-lhe "OK". Nem me inteirei que este era o som em questão. Cruisin' por EVR, até que o Júlio manda um berro. Foi tão súbito e tão estúpido, que fiquei fodido com o dread. Afinal, era o Kara Pi, que ia a pé na street. Diz: "Man, we gotta be fast! Há ganda festa na city." Tchi! Tive, um Brainfreeze: "B, isso era hoje..?" "Ya. Please, can we go?" "Júlio, o que é que dizes?" "Eu alinho, desde que pagues uma mini no piso. Isso é que é preciso." "Então e guito? 3,30€ doesn't seem like much..." "Mano, não é preciso guita para quem tiba na church." IndieKush já eu levo - ainda se nyta no bote. Vou para o spot mega leve. Digo ao sócio "Boa noite". E, à medida que entro, vejo a quantidade de pitas que habita cá dentro. Vejo a quantidade de bebidas a que tenho direito. Uso o meu jeito gingão para ver se alguém me paga um copo. Vem, de top, ao balcão, a empregada - era a Inês, minha conhecida. "Cachapa, até às 3, tu tens direito a bebida" "Referes-te a 3 bebidas, ou às 3h00 da manhã..? Ayo, wareva, caga nisso, dá-me um Jói de maçã". "Boy, um Jói?! Come on! Enjoy!" - diz o Kara Pi. Depois, segreda-me: "A Inês é bué nice, vou ficar aqui" "Tass, b. See you later, man. A menos que tenhas sorte... See you even later, then!" Acabei por levar um gin. Estou com o Jay - vamos dar um giro, a ver quem gira discos hoje, lá na pista nº2, onde costuma estar o Sims. "Siga lá cumprimentar o primo". Mas népia - o dread está de enxaqueca. "Ficou em casa. Não estava com cabeça para a festa. That's it, foi isso que ele me disse." diz o Krazy. "Siga num instante à street, g's - Blaze it!" "Ya, tranquilo. Mas antes, tenho de ir à bathroom, num saltinho, mega fast, só para ver se fecho um. Aliás, se estiver calmo, brotha, ainda faço três. Vão andado para o local, depois a gente já se vê". No caminho para o banheiro, buéda kids garganeiros a tentar colar-se a damas com mamas big e cagueiros que impedem que eu passe fácil para a área que a mim me importa. Finalmente, chego ao espaço - espeto um kick na porta. "OH SHIT!" - Esta WC divide-se entre boys que mandam riscos e outros boys que deixam um garino liso. Limparam-lhe a guita. Pregaram-lhe com cada ginja! Depois ainda olharam para mim, do género: "Chiba-te, e lixas-te!" Eu, sem guita para subornos, soltei rimas, feito cromo. Tipo: "Talvez estes tipos sintam hip-hop sweet" Ainda pensei: "Clima wild, vou limitar-me a fugir..." "Hey! Curti do freestyle". Deixaram-me prosseguir. Vou lá fora e mal chego outside, vi que o meu brotha Krazy já lá estava, com uma side chick. Também vi o Kara Pi, que trazia a Inês num braço. E ele diz-me: "Warup, b. Safa lá a key do carro" "Vê lá. Não cagues os bancos." "Népia, eu passo para a trunk, que tem buéda espaço." Eu disse: "Tass. Estou drunk, já não vou pegar no bote. Vou curtir mais um sonoro, vai lá partir esse coro, boy. Siga para o dance floor!" Pés na pista: Rola o "Overnight Celebrity" - West e Twista. E eu na dança sou um zero, mas b, quando toca uma jam assim, provoco até jealousy - ligo a ficha. Festa segue rija, mas já vai ficando tarde. Será que um gajo se pisga, ou será que ainda fico um bocado? Já são quase 6h00. E eu, é claro que sei que aqui ainda está "sbem", mas eu já nem carro tenho. Ir a pé para o bairro, boy? Não, tive uma ideia: "Estou? Simão, precisava duma boleia..." "São 6h30, brotha..! O que é essa história..? O quê?!" "Ao menos já tenho alta história para pôr no EP!" E ele já nem responde - desliga o phone, logo. O Jay já está com sono. Vai para o crib e, soon, dorme. Mas, como ele mora a 2 passos do spot: "Até para a semana. Later! Hoje vais a pé para a Malagueira..."

Só vim fazer aquilo que quero. Vim dar uso àquilo que prego. Nunca entro em parafuso. Se estou confuso, uso rap como um trunfo, como um drunfo. Quando eu escrevo conto tudo, como um bufo. Na track até não ter pulso. Obtuso? Népia, é só recto mesmo, rap pleno, no seu ponto forte, sempre. Até para gente que me vê como um recorte - nunca inteiro. Interesseiro? Nunca fui. Mas se me vês dessa forma, questiona-te dos porquês. Nada acontece por acaso. Se, por acaso, acontece, então deve dever-se ao facto de eu ter feito para ver se acontece, e não ter esperado pelo feito de um sujeito que me sujeita a ser julgado. Julgar, de facto, é ao que tens jogado. Só não topas que eu me desmarco do mercado - dropo. Tu? Nem pó! Não dropas. Troco as volta a cotas e teens. Suportas a team..? Não tripes! És uma anedota. Eu rio-me de ti, e rimo. Light beam nesta ride, b. Pen é sidekick. Boy, eu mato beats como eu mato spliffs quando eu nyto weed: Desaparece em menos dum farol - Sayonara. Faggot ass, vê se entendes o meu mote: Rara a palavra que eu dite que não rime. Qualquer spot dá para estar a mandar barras, e eu estou firme. Rimo a lot, na tua cara. A dar à cauda enquanto ladras? Dog, fode-te. Nada para a clara fome que eu transporto. "What? What?!" Se não entendeste, puxa pelos miolos. Dropas hate neste, ao mesmo tempo que chupas muito piores..? És triste, kiddo. Para ti, rap é estar ao fight. Eu insiro "Em cada rima um pormenor" - auto-byte. Larga o mic, inteira-te do panorama. Estás-me a ver a dar à perna? Pudera, um bacano ama aquilo que faz. Skill de ás, since faz algum time. Kg's de paz - chill - fácil. Rhymes? São sublyme.

Acho que qualquer dia nem o Simão me atura. (De facto) podia não ser chato, mas seria chato e não me apura. Parto o estrado, se acordo cabisbaixo depois de sonhar alto que tinha ido ao espaço e contornado a lua, só para voltar para a rua, farto de ser o chato que tem cuidado mas, no final, parte como a maior parte (de surra). Andar em par é cool, mas 3 ou 4 já é grupo e uma parte desse grupo espera que outra parte durma. Há-de chegar o dia em que ele não cria e sai à rua com uma cria que só queria que ele provasse que estava à altura. Ou, há-de dar-se o dia em que a fasquia nem se avista, porque ele cria e, quando cria, nasce nova criatura. Se ele cria, dura. Notável, sem que notem. Rima que inspira - pura. Impecável. Takes explodem. Inalável, como hash entre gente jovem. Acho-me inigualável. Deixo que gajos se incomodem. Humilde? Como, se eu nem um milímetro dou? (Só) prossigo cego, como sinto que sou. Se o meu requinte coube no meu corpo, viu-se grego. Morreu no desassossego que o meu ego lhe imputou. 'Tá limpo, though: vou rir de broas que não me lembro ao certo. "Que tipo triste! Desperdiçou a vida atento ao resto." Mais triste que isso, é que se sinto dor, é porque conheço afecto. E ainda mais triste é haver pessoas que nem conheçam tecto.

Aqui é só alcateias que só chateiam e não premeiam. Receiam e odeiam aqueles aos quais não se assemelham. Não venham com dicas que eu só fico a ver quem passa, que só falo e só comento tudo a ver se tenho graça. Mas vou para a Praça e vê-se todo o tipo de classe a cagar para a própria vida e a tentar ver quem se ultrapassa. É a ignorância crassa, que faz com que se faça dos estranhos uma presa, como se andássemos à caça. Andamos, não de massa, mas de um comentário que nos satisfaça e nos faça esquecer o calvário e a desgraça que é não saber o que é ser, só saber que a vida é escassa e, por mais que a leves a correr, ela passa. Passa, mas não para todos. Para outros, já passou. E os que cá ficam não dignificam. Só implicam ou criticam o que não lhes agradou. E eu, com grande pedra, dou mais exemplo que os exemplos que o meu exemplo me mostrou. Vou só brincar com tempo até ficar contente. Sólido, estás-me a ver técnico e à tua frente. É só colo e aguardente até vingares para sempre, mas esse portfólio é mais cómico que diferente. Devias usar a mente e abusar da pen, sem olhar para pentes. Eu trago dicas tão fresh - até devia registar patentes. Assino "Cachapa" à frente de cada palavra assente. Sou evidente, sem ter capas. Se queres ser como o Chapa: aprende.

Não é sorte, é talento. Constrói o teu suporte, faz-te forte, quebra o tecto. Dá o corte a quem te fode - pode ser que subas. Dá o toque a quem tem toques, para veres bules em vez de bubas. Pode ser que evoluas. Pode até ser que expludas. Ou, pode ser que digas "Pode ser!", só que nunca aconteça veres a tua hipótese, como um player com entorses, e só vejas bater bots fakes, como próteses. É que isto da vida não é ver passar os outros. Há que bulir no exame - só vais ver passar uns poucos. Passá-los todos - essa é a mentalidade. Sem nunca ligar aos tolos, tomar de assalto a cidade. Dar o salto. Estou na idade certa. Mostrar o lado rapper, consolidar-me, certificar-me que esse lado desperta. Se a seta acerta, é Tiro&Queda. Quem diria..? E na outra face da moeda, um dread afina a pontaria, e não desiste.