VÍRUZ
Não quero ser visto como um corta casacas,
mas ameaças e falas mansas não afastam esses panascas.
Cravas e desenrascas, querem é ver me à rasca,
em desgraça, careca ou com um coto nas calças.
Passo as passas do Algarve, alarves, cravam o almoço,
são má raça com máscaras, caparaças, traças no bolso,
não posso dar confiança ou em nome da nossa infância,
querem que eu pague a fiança e dê guarida à sua criança.
Tá visto que és a chaga que chateia Cristo na cruz,
eu quero distância de alpinista dessa praga de urubus.
A tua tribo de chibos são gnus nojentos com pus,
só metem os pés pelas mãos como deuses Hindus.
REFRÃO NERVE:
Eu perdoo, pra mim tu, não existes.
Eu perdoo, finge que, nunca me viste.
Tenho lugar marcado no Céu, com jacuzzi e Meo.
"Eu perdoo porque não passas de um otário".
PRÓDIGO
Amigos e inimigos, é só cansaço e dor de cabeça,
tenho paciência quase de Jeová mas não tou pa aturar marretas,
larga-me as tetas, tenho vendettas, rancores que metem dó,
à pala de nharros ordinários, ganda tónhó.
Queres dar nas vistas? Gande artista, em revistas cor de bicha,
andas sempre aos ursos, urso, como um puto autista.
Nem é preciso ser especialista, só pa, te rachar a crista,
no teu bairro és lendário, um ganda Minotário.
Dou a mão? Querem o braço. Empresto guito? Cravam tabaco.
Oriento uma cabeça? Querem o saco, depois eu é que sou o velhaco?
Devia, enfardar-te o taco, rebentar-te com essa bilha.
Tipo Robinson Crusoé, volta pá puta da tua ilha!
REFRÃO NERVE:
Eu perdoo, pra mim tu, não existes.
Eu perdoo, finge que, nunca me viste.
Tenho lugar marcado no Céu, com jacuzzi e Meo.
"Eu perdoo porque não passas de um otário".
Eu perdoo, pra mim tu, não existes.
Eu perdoo, finge que, nunca me viste.
Tenho lugar marcado no Céu, com jacuzzi e Meo.
"Eu perdoo porque não passas de um otário".
VÍRUZ
Sempre com as unhas nos dentes e os dedos dermentes de medo,
andas teso, sentes o peso dos remorsos no esqueleto.
Dás mais música que um coreto, cantas fresco mas não me alegras,
quero-te ver vestido de preto a descançar entre pedras.
Com mentiras e birras, tiras a paciência a um santo,
refilas e gritas, inventas petas, doenças mas és um cancro,
um fura-greves rabeta, sem cheta e dívidas no banco,
devias apanhar lepra pa caíres morto num canto.
És uma vergonha de filho, aos tombos entre sarilhos,
aos pombos roubas o milho, és vazio, causas fastio,
tens a vida por um fio, põe-te a léguas nas montanhas,
até a tua mãe sumiu quando te viu sair das entranhas.
REFRÃO NERVE:
Eu perdoo, pra mim tu, não existes.
Eu perdoo, finge que, nunca me viste.
Tenho lugar marcado no Céu, com jacuzzi e Meo.
"Eu perdoo porque não passas de um otário".
PRÓDIGO
Sempre que tás com a uva ficas armado em manda-chuva,
deve ser o efeito estufa, devia-te assentar a luva.
Upa upa daqui pa fora, já abusáste da Super-Bock,
já tás a fazer escarceu armado em estrela de rock.
Anormal profissional, a encher essa fossa nasal,
armas-te em Professor Pardal, devias ter sufocado no cordão umbilical,
quando me vires o melhor é dares ao pedal, tal e qual,
essencial, fechares esse bico em boa hora tipo o tribunal.
A tua amizade, artifícial, matreira tipo evasão fiscal,
paleta excepcional, baldáste-te a Religião e Moral man...
É crucial, não somos amigos por um triz,
qualquer dia encontram-te a boiar no Tamariz.
REFRÃO NERVE:
Eu perdoo, pra mim tu, não existes.
Eu perdoo, finge que, nunca me viste.
Tenho lugar marcado no Céu, com jacuzzi e Meo.
"Eu perdoo porque não passas de um otário".
Eu perdoo, pra mim tu, não existes.
Eu perdoo, finge que, nunca me viste.
Tenho lugar marcado no Céu, com jacuzzi e Meo.
"Eu perdoo porque não passas de um otário".
Philly rapper Wino Willy is back with a concept album that showcases his sharp rhyme styles & appearances from Maze Overlay & Fatboi Sharif. Bandcamp New & Notable Dec 29, 2023